Como eu era antes de você

 

Título original: Me before you

Autora: Jojo Moyes

Gênero: Ficção Inglesa

Nº de páginas: 320

Editora: Intrínseca

Como eu era antes desse livro? Honestamente, não lembro. Mas, preciso confessar que, mesmo estando na minha lista de livros (hábito que só os leitores entendem) esse, com certeza, não era prioridade. No entanto, conversando com pessoas que leem os mais variados gêneros literários, ele foi o indicado. Fui à livraria decidida a comprá-lo, mesmo achando que era apenas mais um romance barato, daqueles que são agradáveis de ler, mas não passam de um conto de fadas. Acabei mordendo a língua!! Li, em dois dias, só porque, ao me aproximar do final, me recusei a terminar, sabendo o que me esperava...

"Como eu era antes de você" mostra a história de Louisa Clark, jovem de 26 anos que mora com a família (pai, mãe, irmã, sobrinho e avô), no interior da Inglaterra, trabalha em uma cafeteria e namora Patrick, um personal trainer. Leva uma vida pacata, sustenta a família com o dinheiro que recebe e não tem grandes ambições. Em contrapartida, Will Traynor é um jovem aventureiro, é CEO de uma empresa em Londres e tem grandes ambições. Entretanto, dois acontecimentos distintos acabam por unir Lou e Will, Ele sofre um acidente e fica tetraplégico, ela fica desempregada depois que seu patrão resolve fechar o café. Assim sendo, ela arruma emprego como cuidadora, de ninguém mais ninguém menos que, Will Traynor. E, eu, agora, não tenho um adjetivo para descrever a relação deles, mas, ainda assim, diria que é, sobretudo, pura. A forma como ela cuida dele e procura fazer as coisas, de um jeito que o faça se sentir melhor, apesar da dor e da recém-adquirida falta de interesse pelo mundo e pela vida, é encantadora. Igualmente a forma como ele, após certo tempo de convivência, tenta convencê-la a estudar, ampliar seus horizontes e, acima de tudo, aproveitar a vida. Sem dúvida, nesse livro, encontramos um misto de sentimentos: amor, angústia, negação, esperança, mas, o maior deles, gratidão. Lou e Will com seu amor puro e seu pouco tempo de convívio, mudaram a vida um do outro, drasticamente, mesmo sem perceber. Ah, se eu tivesse as palavras certas...é um livro que me marcou, que ficará pra sempre na minha memória. Agora, o que fica é: leia! Os livros deixam diferentes sensações em cada um de nós e mesmo que,tu, leitor desta humilde resenha, não fique com o coração apertado ao lê-lo, posso garantir que, não serás a mesma pessoa depois dessa leitura.

O Jogo do Anjo

“Há quem prefira acreditar que é o livro quem escolhe a pessoa… o destino por assim dizer. O que está vendo aqui é a soma de séculos de livros perdidos e esquecidos, livros que estavam condenados a ser destruídos e silenciados para sempre, livros que preservam a memória e a lama de tempos e prodígios que ninguém mais lembra. Ninguém de nós, nem os mais velhos, sabe exatamente quando foi criado ou por quem.”

Costumo ler resenhas com dois propósitos distintos, explico: quando estou em dúvida se devo ou não, ler esse ou aquele livro, procuro opiniões pela internet, porque ainda que saiba que gosto, cada um tem o seu, essa ainda é uma das formas mais rápidas de tormar a decisão de "se jogar" ou não. Da mesma forma, é um hábito meu procurar resenhas de um livro o qual tenha terminado recentemente...e observar as diferentes impressões que se pode ter sobre uma mesma coisa.

E é justamente essa segunda parte que me instigou a escrever sobre O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón. Pra minha surpresa, ao terminar esse livro e sair em busca de resenhas, só encontrei relatos negativos da obra, portanto registro aqui, o meu: pra quem não sabe, O Jogo do Anjo, faz parte da trilogia do Cemitério dos Livros Esquecidos, sendo precedido por A Sombra do Vento, um livro fantástico sobre o qual pretendo escrever, assim que encontrar as palavras certas. Não posso, sob nenhuma hipótese, julgar os leitores que não gostaram da obra, quando li Marina, do mesmo autor, não gostei e estava convencida a não ler outro livro de Zafón. No entanto, uma pessoa muito querida por mim, me fez enxergá-lo com outros olhos e me persuadiu a dar uma nova chance ao autor. Eis que acabei por ler o primeiro livro da trilogia acima mencionado e, agora, encontro-me relatando minha experiência com o segundo, louca para ler o terceiro e último: O Prisioneiro do Céu. 

Então, vamos ao que interessa: a história se passa numa Barcelona cheia de mistérios e encantos que, convenhamos, só Zafón sabe criar... O protagonista, David Martín, aspirante a escritor é um jovem sofrido e solitário que, após a morte do pai, se vê sozinho no mundo e encontra a oportunidade perfeita para iniciar sua vida literária, agora, sem os julgamentos do pai, a qual foi impulsionada por Pedro Vidal, seu mentor e amigo. E, é a partir daí que a narrativa, digamos assim, se desenvolve. O rapaz conhece Andreas Corelli, homem misterioso que faz uma encomenda imusitada. Por causa dela, conhecemos Isabella, menina ingênua, aparentemente, mas de caráter forte, assim como todas as personagens femininas de Zafón, os Semperes, donos da livraria que David sempre frequentou, Clara Barceló, mulher de Pedro e tantos outros cujas histórias se cruzam. Quem leu A Sombra do Vento, encontrará velhos conhecidos e descubrirá "segredos" fantásticos a respeito de cada um, sobretudo, quanto a suas origens. Deixo assim, para que todos possam aproveitar a leitura, uma vez que os livros estão conectados e têm uma sequência estupulada, mesmo que não cronológica, podendo ser lidos de forma independente. Agora, corre lá e vai desvendar o maravilhoso mundo dos Livros Esquecidos, porque, posso garantir, esse livro é diferente de tudo que tu já lestes. 

Apaixonada por livros, prazer

Minha trajetória literária começou cedo, pois, como filha de professora, os livros sempre estiveram próximos de mim, de forma que eu, invariavelmente, fui "contaminada" por esse mundo mágico das palavras. Hoje, vejo a importância por trás dos meus hábitos de leitura e, embora não tenha optado pela área das Letras, nutro uma paixão inexplicável pela Literatura...amo escrever, ainda que não o faça com frequência,tampouco, tenha dom como escritora. Mesmo assim, a possibilidade de criar novos mundos, descrever situações corriqueiras, opinar sobre os mais variados assuntos são coisas que me fascinam e, por isso, criei esse blog: para escrever o que vier a cabeça, ou ao coração, quem sabe. Escrevo, sobretudo, para encontrar leitores vorazes,assim como eu, a fim de dividir experiências literárias e me manter, cada vez mais, nesse maravilhoso mundo imaginário. 

Se estou aqui, agora, devo agradecer a minha professora de Literatura, Lu, que me instigou a escrever sobre as obras que cruzam meu caminho e, ainda que, nunca chegue a ler esse breve relato, sempre terá minha eterna gratidão e carinho. 

Ah, já ia esquecer: me chamo Isadora e tenho 16 anos. Se estiver lendo isso, seja bem-vindo ao meu "cantinho", espero que goste. 

"Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele." - A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón